quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O que é assemblage?vinho de mesa?vinho fino?


ASSEMBLAGE

VINHO DE MESA

O que é o “assemblage”?

Essa palavra francesa não tem tradução em português. É um processo que consiste em associar vinhos de diversas variedades de uvas e diferentes safras, mas, sempre da mesma região vinícola, com a finalidade de assegurar a constância de uma qualidade excelente, o contrário de um vinho varietal com uma única variedade de uma safra.

Como é elaborado um vinho de “assemblage”?

É necessário dispor de vários vinhos procedentes de diferentes micro-regiões da mesma região vinícola. Se for com vinhos de diferentes regiões, falaríamos, então, em corte (“coupage”).
Começa pela localização dos vinhedos em micro-regiões adequadas, pela escolha das uvas em seu estágio ótimo de maturação e pelas vinificações para extrair da natureza o que ela tem de melhor.
Concluídas as fermentações, é feita uma rigorosa avaliação entre os vinhos de diversas variedades recém elaborados e os vinhos oriundos de colheitas mais antigas, cuidadosamente guardados.
Após profundo exame organoléptico*, os lotes que estão no seu auge entrarão no “assemblage”, os que precisam de mais tempo para amadurecer continuarão guardados, e, infelizmente, os que não atingem os critérios mínimos de seleção, serão desqualificados.
Termina com a sábia combinação da seleção de vinhos de diversas variedades, todo no seu auge, novos e antigos, reunindo as características superiores de cada um, no mais perfeito equilíbrio e na mais completa harmonia.



Vinho de mesa é uma classificação quanto à classe de vinhos, dada às bebidas que possuem graduação alcoólica de 10° a 13° G.L, para tintos, rosés ou brancos.

Vinhos de mesa podem ser de quatro tipos diferentes: Finos ou Nobres, Especiais, Comuns e Frisantes ou Gaseificados.



Entre um vinho de primeira qualidade e um da pior espécie há uma grande distância, que é definida, principalmente, pela uva de que é feito. Enquanto que com a "rainha das uvas", a cabernet sauvignon, se fazem os melhores tintos do mundo, com a isabel, a mais popular, se fazem vinhos que deixam muito a desejar.

Mas como saber o que é uma uva própria para vinho e a que não é? E como distinguir um vinho do outro? Para isto, alguns conhecimentos sobre a legislação referente a vinhos são úteis, e podem determinar a diferença entre uma ótima noite e uma lastimável dor de cabeça.

Vinhos finos, ou nobres, são, segundo a Lei do Vinho (Lei nº 7.687, de 8.11.88), aqueles feitos com vitiviníferas. Vinhos especiais são os que, embora feitos predominantemente com vitiviníferas, têm também uvas híbridas ou americanas. Os comuns têm o predomínio de híbridas e/ou americanas.

As uvas vitiviníferas dividem-se em dois grupos: o das viníferas nobres (de que são feitos os melhores vinhos) e as viníferas superiores. Além deste, há o grupo formado pelas uvas comuns. Cada grupo, por sua vez, divide-se em dois subgrupos.

Assim, estão no grupo das viníferas nobres, subgrupo I (o mais nobre do grupo nobre) as variedades cabernet sauvignon, cabernet franc, merlot, pinot noir (tintas); e chardonnay, chenin blanc, gewurztraminer, pinot blac, riesling itálico, riesling renano, sauvignon blanc e sylvaner (brancas).

No subgrupo II estão as tintas gamay beaujolais, malbec, e petit syrah, e as brancas flora, muller thurgay e semillon.

O grupo seguinte, chamado de "viníferas superiores", é composto, no subgrupo I, das espécies barbera piemont, barbera d'asti, carmenère, cansiolo, grenache, marzemina, nebbiolo, sangiovese e tannat (tintas); e as brancas malvasia bianca, prosecco tocay, friulano, trebbiano e varnaccia.

O subgrupo II inclui as tintas aramon, carignan, calitor, cinaaut, bonarda, freian, gamay st. romain, grand noir e lambrusco; e as brancas aligoté, clairette, malvásia di cândia, malvásia verde, moscato, palomino, pavarella, verdes, verdisso, vermentinho.

Já o último grupo, o das comuns, tem em seu primeiro subgrupo as tintas concord, herbemont, isabel, seibel 2, seibel 1077, seibel 5455, seibel 10096 e yves. E as brancas baco blanc, couderc 13, IAC 116-31, niágara branca, niágara rosada, seyve villard 5276 e seyve villard 12375. Em último lugar, no subgrupo II do grupo III, estão as tintas cliton, IAC 138-22, jacquez, landot 244, oberlin 595, othello, zeparina, e as brancas goethe, martha e seibel 13680.

Com as uvas do primeiro grupo, as viníferas nobres, é que são produzidos os bons vinhos, que podem ser varietais ou cortados. Cortado é aquele vinho feito com a combinação de vinhos de uvas diferentes, e o varietal é o vinho que é produzido com uma determinada espécie de uvas.

Na legislação brasileira, varietal é o vinho produzido com, pelo menos, 60% de uma determinada espécie, e cortado com um outro feito com uva do mesmo grupo (por exemplo, um merlot, cortado com cabernet sauvignon).

Esses vinhos trazem, no rótulo, a indicação da espécie que predomina. Algumas empresas, entretanto, adotam critérios mais rígidos para varietais, chegando a produzi-los com até 100% da espécie indicada no rótulo.

O fato de o vinho ser varietal não é, porém, uma garantia de que será melhor do que um vinho cortado. Alguns dos melhores vinhos existentes no mundo são fruto da combinação de diferentes variedades.

VINHOS FINOS

Vinho fino é uma classificação de vinho de mesa dada às bebidas produzidas exclusivamente com uvas viníferas, e por isso são considerados vinhos de qualidade superior.


FONTES:WIKIPEDIA
WWW.RIOGRANDE.COM.BR

POSTADO POR DENISE S. SAVARIS 30/09/2009

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mulheres produtoras de vinhos


Situada na margem esquerda do Rio Tejo, a Casa do Cadaval é uma herdade com quase quatro séculos que tem um papel determinante no desenvolvimento da região do Ribatejo. Também conhecida como herdade de Muge, aqui são desenvolvidas as actividades de produção de vinho, produção agrícola, criação de gado bovino e coudelaria.
Aliado a isto, actua na área do turismo, visto ser um espaço que reúne inúmeras condições de excelência para receber os mais diversos eventos, ou para proporcionar um verdadeiro dia de aventura e lazer junto à natureza e aos animais. A actual responsável pela Casa do Cadaval, Teresa Schönborn, enóloga e produtora de vinhos, recebeu no ano de 2008 o prémio “Mulher do Vinho 2008”, na 3ª edição dos Prémios Internacionais EVA, o único prémio gastronómico feminino internacional.
Teresa Schönborn tem realizado um importante trabalho de desenvolvimento da viticultura regional e na projecção mundial da região do Ribatejo, como zona produtora.

O que significou para si receber o prémio de “Mulher do Vinho 2008”?
Em primeiro lugar, devo dizer que não estava nada à espera. Mas considero que este prémio foi entregue à Casa do Cadaval no seu conjunto. O prémio foi ganho devido ao vinho Marquesa do Cadaval, que é o nosso expoente máximo, e que foi feito em homenagem a esta senhora, a grande impulsionadora destas vinhas. É considerado por especialistas o melhor vinho do Ribatejo. Eu sou a última das cinco mulheres que estiveram à frente da Casa de Cadaval, cinco gerações em que foram sempre mulheres a liderar esta herdade, portanto o prémio é dedicado a todo este agregado.

Ao nível turístico, o que é que podemos esperar da Casa do Cadaval?
Oferecemos um amplo espaço para eventos, como casamentos e outras festas, disponbilizando um excelente serviço de cattering e actividades variadas. Temos diversas acções de lazer e entretenimento para dinâmicas de grupo, como prova de vinhos, visitas arqueológicas e a uma reserva natural, espectáculos equestres, assim como cruzeiros no rio Tejo. É um local também muito procurado para a realização de seminários, reuniões de empresas, entre outros. Temos capacidade para receber cerca de mil pessoas.

A sua coudelaria é muito prestigiada a nível nacional. Sabemos também que é a sua actividade predilecta. Como a descreve?
Temos uma das coudelarias mais antigas do país, são todos puro sangue lusitano. A dréssage é o nosso objectivo principal não obstante as outras modalidades. Temos vários cavalos a competir na dréssage: o “Raio” em Espanha com Juan António Jimenes (medalha de bronze em Atenas 2004), o “Tejo” e o “Ui”com Leonor Ramalho, “Vircon” com Miguel Ralão Duarte, o qual foi recentemente vencedor do Critério dos 4 anos.

Como imagina a Casa do Cadaval daqui a uns anos?Espero que esteja sempre melhor. Esta casa já tem 350 anos e toda as pessoas que estiveram à frente dela sempre pensaram em melhorá-la, portanto esta será sempre a nossa missão. Queremos produzir os nossos produtos com o mesmo afinco de sempre, pretendendo estar sempre na vanguarda dos serviços.


Como caracteriza a área vinícola portuguesa?
Portugal tem óptimos vinhos, tem muita qualidade, é um dos países emergentes nesta área. É necessário, no entanto, haver mais divulgação, preferencialmente conjunta

Como presidente da Rota do Ribatejo, quais são as suas prioridades?
A Rota e os Caminhos do Ribatejo são tudo a mesma coisa. A prioridade no momento é a divulgação da região, é fazer-nos conhecer, quanto às nossas particularidades, nomeadamente o nosso vinho, gastronomia, entre outros. Com uma maior visibilidade podemos impulsionar o número de visitantes e dinamizarmos toda este território que tem um enorme potencial.
Quatro séculos de história
A Herdade de Muge pertence à família Álvares Pereira de Mello há quase quatro séculos. Nesta casa residiu a Rainha Dona Leonor, terceira mulher do Rei Dom Manuel I, irmã do Imperador D.Carlos V e mãe da Infanta D.Maria. A Rainha Dona Leonor residiu aqui até partir para Castela, casando com o Rei de França, Francisco I., deixando a sua filha Infanta Dona Maria com dois anos, passando assim a Casa de Muge para a família dos Condes de Odemira. A Condessa de Odemira, Dona Maria de Faro, casou com Don Nuno Alvares Pereira de Melo, 5º Conde de Tentúgal, o 1º Duque de Cadaval, título concedido em 1648, pelo Rei D. João IV.

fonte Revista perspectiva de 08/2008.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

As mulheres a frente das adegas


Senhora das Vinhas
Entrevista para a Revista DADA


Fascinada pela vinha, Graciete Monteiro apaixonou-se pela Quinta Vale de Fornos, há cerca de 30 anos, quando assumiu os comandos da propriedade, mandada construir por Dona Antónia Ferreira. Determinada e inovadora, lutou num mundo liderado por homens e vingou, dinamizando o sector dos vinhos na região

Quem é Graciete Monteiro?
Já tenho perguntado isso a mim própria, várias vezes. Sinceramente, não sei. Acho que sou um conjunto tão diversificado de coisas e sentimentos que não faço bem ideia de quem sou. Acima de tudo sou uma pessoa muito dedicada à família. Depois, gosto muito de trabalhar; trabalho porque gosto. E sou muito exigente comigo e muito pouco exigente com os outros. Não sei. Não me sei definir muito bem, tenho alguma dificuldade… Gosto muito de coisas requintadas, tenho o prazer das coisas requintadas e cuidadas.

Hoje é responsável pela Quinta Vale de Fornos, propriedade antiga, com grande valor patrimonial. Como é surgiu a oportunidade de, há cerca de 30 anos, adquirir este património, na época pertence de D. Pedro de Bragança?
Sim, estou cá há, mais ou menos, 30 anos. Foi uma oportunidade que surgiu ao meu pai e o meu marido. Ambos estavam interessados em comprar uma quinta e houve a oportunidade de adquirirem esta.

Eu nunca tive o mínimo interesse em comprar a quinta, antes pelo contrário. Na altura, dizia: nem pensar meter-me numa quinta, não percebo nada de agricultura, nem quero perceber, não é a minha vida. E depois, não me pergunte porquê, porque não sei explicar, mas deu-se, exactamente, o inverso: fui a única pessoa que se apaixonou pela quinta – o que não quer dizer que a minha família não goste. Passo a minha vida aqui, estou inteiramente ligada a isto e faço disto a minha própria vida.

Esta quinta esteve quase sempre ligada a gente da nobreza. Vem de uma família nobre?
Não. Somos de sangue vermelhíssimo. (risos) Não somos nada nobres, no sentido a que, normalmente, se diz de ter sangue azul. Somos pessoas de trabalho, toda a vida fomos pessoas de trabalho. Tanto o meu pai como o meu sogro eram pessoas conhecidas, da zona de Santarém, mas tudo aquilo que conseguimos na família tem sido à custa de trabalho.

Eu nasci em Almeirim, mas vivi em Santarém. Casei aos dezanove anos e fui viver para o Porto, onde o meu marido estudava, na Faculdade de Engenharia. Depois fui viver para Lisboa, onde ainda tenho casa, vindo depois para aqui, onde tenho estado, praticamente, sempre.

Como é dirigir uma casa com tanta história e tradição?
Agora não é nada difícil, é extremamente fácil. Fácil no sentido de dirigir. Tenho imenso respeito pelo meu pessoal, damo-nos todos lindamente, não temos problema nenhum.

Quando cheguei, há 30, foi difícil. Era uma mulher, para eles [funcionários] era uma senhora que não percebia nada de nada, que estava aqui a fazer o que não devia. Nunca tinham sido dirigidos por mulheres… Foi difícil, na altura. Agora é extremamente fácil, não tenho qualquer problema com o pessoal.

Quer dizer que, logo de início, lhe foram incumbidas as responsabilidades de direcção da quinta.
Pelo contrário. Não me foram incumbidas, eu assumi-as. (risos) Eu comecei a assumir as responsabilidades da quinta. Comecei a dedicar-me a isto; a estudar alguma coisa sobre vinha e sobre vinhos, porque não era a minha área. Comecei a ligar-me a pessoas deste ramo, para tentar aprender; comecei a fazer imensas viagens para Bordéus e outros lados, para ver o que se fazia no estrangeiro. Comecei a querer trazer, não só para a minha casa, mas também para o Ribatejo, a imagem de uma quinta que produzia um único produto. E escolhi o vinho porque sempre tinha existido o vinho nesta casa, desde 1863. Em 1990, engarrafei o primeiro vinho. O primeiro VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada), como se designava na altura, da região foi da Quinta Vale de Fornos.

Sente-se orgulhosa por dar continuidade à obra iniciada por Dona Antónia Ferreira, uma mulher que, no século XIX, foi determinante na salvação dos vinhos do Porto?
Posso garantir que tudo aquilo que tenho querido fazer, e pretendo continuar sempre, é prestigiar não só a casa, mas também o nome de Dona Antónia Ferreira, porque, realmente, ela foi uma pessoa que teve uma força brutal no mundo dos vinhos e por quem eu tenho uma admiração total e, portanto, serve-me de ponto de referência.

Também foi difícil no mundo exterior. Tive que cimentar a minha personalidade. Eu fui sempre igual a mim própria. Estando eu num mundo de homens ou num mundo de mulheres fui sempre eu própria. Mas senti que foi difícil entrar num mundo de homens, há 30 anos. Foi preciso ter sempre os pés bem assentes na terra, e fui sempre forte no percurso que fiz. E hoje sinto-me, perfeitamente, à-vontade neste meio. Sinto que, tanto a camada mais jovem como a mais antiga, todos me têm consideração. Mas também tive de trabalhar e de lutar muito. Fui fundadora da criação da Comissão Vitivinícola do Cartaxo, da Comissão Vitivinícola do Ribatejo, também fui fundadora da Viticartaxo… Como mulher, tenho estado sempre ligada a todas as actividades que se têm feito no Ribatejo, para dar algum relevo ao vinho. E gosto muito.

Aprendeu a gostar?
Sim. Eu nem gostava de degustar um vinho, quer dizer, não tinha o hábito, sequer, de beber. Eu gostei sempre muito de vinhas; tinha uma atracção especial pelo verde da vinha e pela planta. Claro que quem tem vinhas tem de gostar de vinho. Depois aprendi a gostar de vinho, mas gosto mais de vinhas que de vinho.

Tal como a Ferreirinha, que foi inovadora na sua época com as técnicas que implementou na produção vitivinícola, considera-se uma mulher inovadora, no meio de tão forte tradição que carrega esta quinta?
Sim. Isso não posso dizer que não tenha sido. Entrei numa casa tradicional que tentei modificar, dando-lhe uma imagem, que na altura, na região, não havia. Tentei dar-lhe um outro carisma; de ser só um casa ligada aos vinhos, em que as pessoas pudessem visitar as vinhas. Tentei desmistificar a imagem de uma quinta fechada. Nesse aspecto, sinto que sim, que trabalhei, junto de muitos colegas meus, dinamizando essa ideia de que, cada vez mais, estas casas têm de estar abertas ao público, para que as pessoas as possam ver e perceber o que é que existe nesta e noutras regiões. Sinto que isso foi bom e que tem muito interesse para as pessoas que visitam as quintas.

Que grandes inovações implementou, ao longo deste anos, na gestão desta propriedade, nomeadamente na área vitícola?
Tive uma coisa muito inovadora que tive muita pena que não tivesse sido aceite. Como lhe disse, fiz e faço várias visitas por vários países, à procura do que há de novo, e encontrei em Espanha uma coisa muito interessante, que foi o facto de se fazerem enxertias em Agosto. Toda a gente, quando eu falava nas enxertias em Agosto, dizia que era uma coisa perfeitamente louca, que não era possível.

Resolvi ir à delegação regional de agricultura em Jerez falar sobre a hipótese de fazer isto em Portugal. A resposta que me deram foi que não teria qualquer dificuldade e que enviariam cá um engenheiro. Voltei para casa, falei com o pessoal sobre o assunto e senti uma reacção fortíssima. Pensei logo que iria ser um fracasso, porque iria trazer cá o engenheiro e o pessoal não iria querer aprender com ele, e ia ficar com uma situação complicada.

Resolvi voltar para o Jerez e coloquei o problema a um amigo, de há muitos anos, de modo a resolver a questão de outra forma, sem arranjar grandes problemas. Esse meu amigo cedeu-me pessoal que tinha de férias. Esses homens aceitaram vir, na condição de trazer também as mulheres e de lhes mostrar Lisboa. Assim vieram, e criou-se uma relação de tal maneira forte entre eles e o meu pessoal que a enxertia correu lindamente. A minha vinha branca foi toda enxertada no mês de Agosto, mas recorri à parte oficial para que viessem ver, porque poderia ter algum interesse, mas ninguém apareceu. Só houve uma técnica que, a título particular, cá veio ver por curiosidade. Ninguém mais ligou importância nenhuma.

Essa sua atitude com o pessoal poderia ter sido diferente, ou seja, poderia ter levado avante essa sua vontade, apenas trazendo o técnico. Isso demonstra que tem respeito e consideração pelos seus funcionários.
Por isso lhe digo que, hoje, não tenho a mínima dificuldade em lidar com os meus empregados. Eu percebi que se trouxesse aqui um técnico, que lhes impusesse essa técnica dava asneira, ia haver uma rejeição natural. Não poderia, por isso, impor a técnica dessa forma.

Para mim é extremamente importante a relação de confiança e de à-vontade que existe com o meu pessoal. Eu gosto de viver num ambiente agradável com eles; gosto de estar bem e gosto que eles estejam bem. E utilizo sempre uma linguagem muito franca com eles. Se há problemas, eles estão sempre a par, assim como quando não há problemas. Eu passei o 25 de Abril aqui e posso dizer que, felizmente, o passei muito bem, sendo que na região houve muitos problemas e, inclusivamente, eu tinha aqui trabalhadores inscritos no Partido Comunista. Eu não tive problemas nenhuns. Sempre usei uma linguagem muito clara com o meu pessoal: vocês são o que quiserem – eu não imponho a ninguém que seja isto ou aquilo – e eu sou o que eu quero. Portanto, entendemo-nos todos bem.

Conta com a ajuda de quantos funcionários?
Neste momento, somos doze. Somos poucos para o que fazemos, mas um bocadinho demais para pagar. (risos)

Mas tem um braço direito?
Tenho um enólogo, permanente, e tenho, também, dois homens que estão na vinha, mais ligados à vinha e à adega, que já cá estão há vinte e muitos anos.

O que é que distingue os vinhos da Quinta Vale de Fornos?
Se os pudesse distinguir de uma forma especial, eu diria que são vinhos feitos com muito amor e sacrifício. Mas esta definição não chega ao consumidor.

Mas considero que estamos a fazer uma reestruturação grande nos nossos vinhos; estamos a torná-los mais actuais. Neste momento, utilizamos técnicas mais modernas e temos os nosso vinhos bem posicionados no mercado. Exportamos para vários países e temos uma boa aceitação. Estive há dias na Suíça e fiquei, francamente, satisfeita com a aceitação que os nossos vinhos têm lá, em várias cidades, em vários restaurantes. No Brasil também estivemos, recentemente, a fazer provas em regiões do interior e fiquei bastante satisfeita.

A Quinta promove outras actividades, como a promoção de eventos.
Temos vários eventos e parcerias com várias empresas, também na área da formação, cedendo salas... Agora temos a hipótese de fazer o baptismo a cavalo.

Por aqui também passou Cristóvão Colombo e nós, neste momento, estamos a tentar desenvolver passeios, reconstituindo todo esse caminho, que está provado que foi feito por ele, depois de ter descoberto a América, e por aqui passou para anunciar a descoberta a D. João II, que se encontrava em Vale do Paraíso. Demorámos algum tempo a ter a certeza de que tinha sido este o caminho e então vamos começar agora a desenvolver, também, essa vertente.

Que importância têm todas estas actividades na manutenção de todo o espaço, nomeadamente da casa senhorial, que ainda mantém a traça inicial?
Estas actividades são um complemento para a manutenção da casa, sim. Por exemplo, no Natal, muita gente que já cá veio antes em eventos, como casamentos ou até através de acções de formação de empresas, volta para comprar vinhos.

E temos sempre a preocupação de manter a traça inicial da casa que, todos os anos, é caiada com a mesma cor. Sempre que há modificações, há sempre a preocupação de as fazer, sem que se percam as suas características.

No meio das actividades promovidas, qual destacaria como a mais bem sucedida?
São sempre os vinhos. A base, a estrutura da casa, está nos vinhos. Esta é, essencialmente, uma casa agrícola.

E qual delas destaca como a que lhe dá mais prazer desenvolver?
Eu gosto muito da área dos vinhos. Mas na área dos eventos eu gosto muito da parte minuciosa da decoração. Fico sempre muito aflita quando me aparece uma noiva a dizer que não tem ninguém que a ajude – penso logo que arranjei um sarilho. (risos) Fico logo disponível para ajudar, porque gosto muito da parte criativa. Mas é uma coisa passageira e o vinho não. Uma videira é como uma criança, precisa de cuidados, de ser bem tratada. A videira tem muito a ver com o ser humano.

Arranquei há pouco uma vinha, que era de 1932, e custou-me tanto, tanto. Mas tinha de ser, porque só já me estava a dar prejuízo. A videira é como se fosse um filho, segue connosco a vida inteira. Todos os dias vou à vinha; ver se elas estão direitas, se têm alguma doença… É quase a mesma coisa de estar a tratar de um ser humano. Parece exagero estar a dizer isto, mas é exactamente igual.

E é esse trabalho que a faz feliz e realizada?
É. Realiza-me imenso. Eu sou muito mais mulher de campo do que mulher da cidade. Vou muito a Lisboa, gosto imenso de lá ir; ao cinema, ao teatro, a festas, estar com os amigos, mas a minha base é a Azambuja. Eu tenho casa em Lisboa, mas venho sempre ficar à Azambuja.

Eu nunca tinha vivido no campo. Vivi sempre na cidade e depois de vir para aqui percebi que é disto que eu gosto. Gosto imenso de desenhar jóias, é um fraco que eu tenho, e acho que isto me ajuda, também, nessa área.

É sua intenção deixar esta propriedade aos seus descendentes?
É minha intenção, sim.

Neste momento, os meus filhos não estão motivados, nem se metem muito nas actividades na quinta, porque eu estou muito ligada a isto e ainda sou eu que dirijo a casa, mas eles vão dar seguimento. Até porque temos um projecto para um hotel, com SPA de vinhos.

Há uma ligação familiar muito grande de toda a família; aqui casou a minha filha, aqui foram baptizados todos os meus netos... Creio que não haverá dificuldade na família em continuar

Fonte: Blog Vale dos Fornos

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pinturas com uvas tannat.....Aquarelas


Curiosa exposição plástica de "aquarelas" pintadas com vinho tannat
O artista plástico uruguaio Urbano Pérez apresentou em Americando Ramos Generales uma exposição de quadros onde utilizou vinho tannat aplicando a técnica da aquarela. A exposição conta com o patrocínio do Instituto Nacional de Vitivinicultura.
"É aquavinho não aquarela, porque a aquarela é água" diz Urbano Pérez, o artista plástico uruguaio que tem inovado na técnica da pintura com o desenvolvimento da aplicação do tannat como elemento líquido para seus retratos.
"O vinho não se mistura, se usa puro" -agrega o artista. "As tonalidades são conseguidas com a superposição de distintas camadas, aplicação sobre aplicação é como vai se conseguindo a intensidade, e também com a idade do vinho que define a gradação da cor do mesmo."
fonte: Bodegas del Uruguay
Pontado por Denise S.Savaris 23/09/2009

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"Tannat – a uva emblemática"; um grande vinho de um pequeno país



A Tannat ainda é mistério para a grande maioria dos consumidores, mesmo para aqueles já iniciados nas degustações. Pouca gente sabe que o Uruguai é o principal país produtor dessa uva no mundo e o primeiro país a desenvolver vinhos 100% Tannat, além de oferecer as maiores vantagens em termos de preço/qualidade.

A Tannat foi introduzida no Uruguai por volta de 1870 por imigrantes vascos, transformando-se rapidamente na "variedade nacional". Foi no Uruguai que a Tannat desenvolveu-se perfeitamente adaptando-se ao solo e clima. Considerada uma uva exótica sua demanda cresce nos principais mercados do vinho. O Uruguai é o único produtor no mundo onde existem vinhedos significativos com quantidades maiores que em sua terra de origem: Madiran e Irouléguy no sudoeste da França. A Tannat representa aproximadamente um terço da superfície de vinhedos plantadas no país. No que diz respeito a qualidade os vinhos de Tannat são vinhos que possuem um bom grau de aperfeiçoamento enológico e quanto à tipicidade – "estilo", têm um perfil sensorial ímpar.

Foi justamente os vinhos de Tannat que colocaram o Uruguai no Mapa Mundi dos vinhos, alcançando reconhecimento e prêmios internacionais.
A Tannat, como seu próprio nome indica, é uma uva com grande quantidade de taninos, que são os elementos que além da cor, dão ao vinho tinto sua característica de maior ou menor adstringência, pois possuem a capacidade de coagular a saliva, dando a sensação de adstringência na boca.
Variedade Tannat é rica em antioxidantes naturais, que também ajudam a prevenir doenças, entre elas, alguns tipos de câncer.
Muita gente torce, literalmente, o nariz para a uva pois tem na memória um vinho muito adstringente. Mas quando o vinho é bem trabalhado e a vinícola possui a qualidade de elaboração, o vinho torna-se elegante e esta característica marcante da uva ressalta suas qualidades e torna este estilo de vinho uma boa alternativa para as carnes, como as parrillas, o corte uruguaio por excelência.


Fontes:ABAGA
Menu especial.com
Postado por Denise S.Savaris 21/09/2009

sábado, 19 de setembro de 2009

PROSSECO EM LATA!! ( PARTE 3)- A BATALHA.

Só que com isso travaram um batalha grande com os produtores desse liquido!

No entanto, mesmo lutando para preservar a origem do vinho e suas características únicas, os produtores italianos não conseguem conter a popularização da bebida, que é produzida em diversos países e, assim, fica cada vez mais acessível a todos os bolsos.

De acordo com a Bloomberg, um dos motivos dessa falta de controle é a impossibilidade de proteger a uva, denominada prosecco, responsável pela fabricação do espumante. "Não existe precedente para uma ação desse tipo", afirmou Artur Azevedo, diretor executivo da Associação Brasileira de Sommeliers, a EXAME.
Mas apesar disso tudo os produtores Italianos estao comemorando pois a bebida teve sua denominaçao em ascenção na classificaçao ,segundo as regras de proteção da União Européia. Agora, as suas garrafas não mais virão com a sigla "doc", que significa denominação de origem controlada, e, sim, "docg", com a inclusão da letra "g", de garantida.
Diante de tudo isso houve uma grande revoluçao:
Após um press release sobre o DOCG do Ministro da Agricultura italiano, Luca Zaia, a região entre Conegliano e Valdobbiadene passou a ser produtora DOC de Prosecco. Isso significa, na maioria dos casos, o fim dos Proseccos não italianos.

Há muitos anos, há no mercado, inúmeros Proseccos vendidos a preços baixos. Agora haverá mudanças: de acordo com a nova regra, o Prosecco somente pode ser engarrafado nas seguintes províncias do norte da Itália: Belluno, Gorizia, Padova, Pordenone, Treviso, Trieste, Udine, Veneza e Vicenza.
Por quê? De acordo com um novo decreto, de 17 de julho de 2009, "Prosecco" não é mais nome de tipo de uva, mas de região de produção! A uva chama-se "Glera".

Vinhos de Glera IGT (frizzante, vinho oder espumante) podem ser produzidos e engarrafados em outros locais.

Exceções:
Produtores que produziam e engarrafavam Prosecco antes de 1 de março de 1986 e praticaram essa atividade nos últimos 5 anos, podem continuar produzindo a partir de um pedido a ser protocolado até 27 de agosto de 2009. Há dúvida, se essa exceção vale também para os Proseccos até então produzidos no exterior.

Proibição: Verduzzo-Prosecco
O DOC-Prosecco deve ter no mínimo 85 % da uva Glera.

Latas e garrafas azuis
O Prosecco está proibido de ser colocado em latas. Deve ser engarrafado em garrafas de vidro, as quais devem ser brancas, amarelas, verdes, marrons ou cinza escuras. Para o Prosecco deve ser utilizada rolha, rolha plástica ou tampa com rosca. Os produtores das províncias de Trieste e Treviso podem utilizar rolha com cesta (de Champagne) e garrafas azuis até 31 de julho de 2016 para frizzantes e espumantes.

POSTADO POR DENISE SILVA SAVARIS 19/09/2009
fONTES USADAS:ESTADAO.COM.BR
www.newstin.com.br
ADEGA24.COM

PROSSECO EM LATA!! ( PARTE 2)- Como surgiu a ideia da lata.


Mas olha como a midia e formadores de opinioes interferem nas preferencias do produto?

A idéia nasceu da necessidade de servir Prosecco de maneira mais simples no après Ski. A razão principal para isso era a dificuldade de manuseio de garrafas e taças com as mãos presas em luvas e fatos de esqui. Tal tarefa provava-se extremamente complicada. Guenther Aloys, proprietário de um hotel em Ischgl, na Áustria questionou a possibilidade de enlatar doses de Prosecco para que fossem consumidas directamente das latas.

Aloys não é um esperto na produção de Prosecco nem tampouco na distribuição de bebidas, enfrentou então a difícil tarefa de procurar um Prosecco adequado e um distribuidor associado para a produção, design, envasilhamento, serviço de logística e marketing, pois desejava que RICH® se tornasse um producto de altíssima qualidade.

mynetfair – embora ainda não estivesse no ar – auxiliou ao oferecer ao senhor Aloys a cadeia de fornecedores adequada para seus productos. Depois de um breve período de pesquisas, as uvas adequadas para este vinho fino foram encontradas em Treviso, uma província da Itália conhecida como o lar do Prosecco. Uma empresa norte-americana que desenvolvera um método patenteado para envasilhar o Prosecco sem perda de qualidade, foi comissionada para executar este serviço. Uma agência de publicidade de Baden-Baden, Alemanha encarregou-se do design da embalagem e rapidamente submeteu um design muito atrativo de uma lata dourada. Pfanner, uma empresa da Áustria, foi selecionada como a associada para envasilhar e, para o subseqüentemente marketing, a RICH® Sales & Marketing GmbH foi constituída em Memmingen, Alemanha.

Com a assessoria da mynetfair, a idéia de oferecer Prosecco em latas foi transformada num producto de qualidade. O sucesso do projeto não repousa somente na sua alta qualidade e expansão de mercado consistente, mas sim no seu elevado perfil. Além da Glamour girl e herdeira do hotel, Paris Hilton, que é a embaixadora da marca RICH na Europa, o RICH® Prosecco conseguiu tornar-se de um dia para o outro o lider de mercado tornando-se uma presença indispensável no comércio e na gastronomia.

postado por Denise Silva Savaris 19/09/2009

PROSSECO EM LATA!! ( PARTE 1)


Voces lembram dessa empreitada?
Pois bem, depois de tanta falaçao e de tanto ibope que destino teve a Rich?
Pra quem nao sabe vou lembra-los.
Em 1997 em parceria com a empresa alemã Rich Sales & Marketing, a modelo, atriz e socialite americana Paris Hilton, de 28 anos, botou fogo no mercado de espumantes ao lançar uma marca de prosecco na Áustria em 2007. Denominado "Rich Prosecco", o vinho chegou ao mercado somente neste ano em forma de latinhas douradas, assim como cervejas e refrigerantes, por apenas 2,0 euros.
Para divulgar o produto, Paris apareceu totalmente nua, com o corpo pintado de dourado, em outdoors pela cidade.
Os tradicionais produtores da bebida não gostaram nada da idéia e declararam guerra à linha de Paris.
Com essa polemica foi lançado no Brasil a Glann.
Segundo os produtores a Glann foi desenvolvida como resultado da busca de um produto ideal, a apartir de um produto tradicional, " um vinho frisante", com sofisticaçao,
desing e um novo conceito para ser apreciado por consumidores altamente exigentes e segundo eles para ser consumido em celebraçoes.
Bem!! Primeiro onde esta a sofisticaçao em beber um frisante na lata?
Segundo Prosseco?
Onde esta a regiao de denominaçao?

Postado por Denise Silva Savaris 19/09/2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Voces sabiam que o Figueira Rubaiyat faz seu proprio vinagre?


Alçado à fama de cartão-postal da cidade, o restaurante A Figueira Rubaiyat, no Jardim Paulista, tem como primeiro atrativo uma figueira secular que sombreia o salão e reina absoluta na decoração da casa. Mas, no subsolo, as raízes da famosa árvore dividem espaço com um inusitado depósito, instalado bem debaixo dos pés dos cozinheiros. Nesse cantinho escondido se produz todo o vinagre usado na casa para temperar os pratos. Desde a inauguração, em 2001, o restaurante fabrica o condimento, feito de vinho tinto e armazenado em barricas de carvalho antes de chegar à mesa. Uma escada vertical liga a cozinha ao depósito, de onde saem 50 litros de vinagre a cada vinte dias. Recado para os clientes curiosos e de espírito aventureiro: não há um convite expresso para visitar a pequena sala (mas não custa nada tentar!).

fonte: veja- abril por MArcela Besson

Vocês conhecem o VINI-VEGAS? e Gostariam de participar de um Cruzeiro Tematico sobre vinhos Portugueses?

Gostaria muito da opiniao de todos sobre esse projeto.
Quantos dias seria ideal para um bom evento e qual o melhor periodo?

O intuito é oferece-lhes um cruzeiro temático, muito original e particular, em que poderá se aprender e aprimorar-se tudo sobre o que sempre sonhou !VINHOS!!!. Navegar e descobrir os vinhos Portugueses.
Profissionais da área vitivinícola estarão a bordo para ajudá-lo a conhecer o fascinante mundo dos vinhos, com conferências, degustações e visitas lúdicas a quintas .
Nesta viagem pode- se aprender tudo relacionado com a prova, preparação dos vinhos e com uma Visualização dinâmica e especial de cada vinícola
Os participantes recebem a formação teórica e prática durante o cruzeiro que serão de grande importância para os apaixonados do vinho . E que fácilmente irão pôr em prática nos momentos especiais das suas vidas.
Vamos percorrer, degustar, conhecer e aprender tudo sobre as principais regiões vinícolas portuguesas, e sobre os seus vinhos (Vinho do Porto, Vinho Verde e vinhos tintos e brancos ).
A aventura de um cruzeiro temático é oferece-lhes a possibilidade de apreciar a navegação e de ter prazer em conhecer vinhos ao mesmo tempo.
Guiado por um Sommelier profissional e Enólogos das Empresas . Descobrirá em fácil linguagem uma maneira de enterterimento de como degustar um bom vinho, de reconhecer seu aroma e aprender o vocabulário usado ( isso para iniciantes) e uma maneira dos profissionais da area conhecerem adegas novas no mercado.
Durante o cruzeiro provaram de uma seleção grande de vinhos PORTUGUESES, assim como terão a oportunidade de descobrir vinhos de zonas emergentes novas.
Os participantes poderão aprender de forma prática e envolvente , onde poderá ser recordada facilmente e colocado em pratica a qualquer momento.
Todas as atividades serao realizadas por grandes profissionais .
Dentro as atraçoes teriamos a presença do VINI VEGAS CASSINO.

VINI VEGAS® propõe um universo embriagador e prestigioso de Casino adaptado ao mundo misterioso e delicioso do vinho. VINI VEGAS
Jogos diversos, simples e originais, vinculados aos sentidos, a memória e sobre tudo ao VINHO,são animados por sumilleres-croupiers escolhidos por suas habilidades e suas atitudes para a animação. Eles ajudam aqueles que são iniciados no mundo dos vinhos , para que todo mundo goste da noite.



Tendo provado cegamente selecionado vinho na mesa, os participantes Vini-aposta suas fichas para adivinhar a origem do vinho de doze possibilidades.
Los sumilleres-croupiers orientarán con pequenos indicios os enofilos.



Os participantes devem identificar diferentes aromas e jogoR suas fichas Vini nas muitas possibilidades propostas .







"Branco, rose ou tinto? "Depois de degustação em vidros opacos, quem é capaz de apostar suas fichas Vini nas combinações certas? "Incrível, não?

ESSA É SÓ UMA AMOSTRA DO QUE SERÁ ESTE GRANDE EVENTO....AGUARDEM MAIS NOTICIAS

O proposito do cruzeiro seria conhecer algumas Produtoras de vinhos portugueses que estao sendo lançado no mercado.Alem claro de desfrutar de uma viagem maravilhosa fazendo o que mais gostamos....DEGUSTAR O NECTAR DE BACO.

POSTADO POR DENISE S.SAVARIS 17/09/2009.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Falando sobre o genuino Queijo da Serra da Estrela


Queijo da serra
Um bom vinho sempre pode ser acompanhado com um bom queijo.E o queijo da Serra da Estrela e um acompanhento excepcional. Este queijo, conhecido como Queijo da Serra, é um queijo feito com leite de ovelha, muito apreciado por portugueses e turistas de todos os países, sejam eles espanhóis, franceses, britânicos ou de qualquer outro ponto geográfico.

Tradicionalmente coagulado com cardo, é produzido no Inverno. O seu êxito dependia, outrora, da temperatura das mãos das mulheres que o fabricavam nas frias casas de granito características da arquitectura da região.

Actualmente as pequenas fábricas que o produzem artesanalmente são certificadas, tendo o direito de utilizar a marca "DOP" (Denominação de Origem Protegida), por forma a assegurar ao consumidor a qualidade e autenticidade do produto.

À temperatura ambiente o Queijo da Serra torna-se fluido. Geralmente come-se à colher através de um buraco no topo.
Processo de confecção
O Outono, altura do ano em que as ovelhas já tiveram as crias, e os pastos começam a ficar verdejantes, é o período ideal para fazer o queijo Serra da Estrela.
Em termos técnicos, o fabrico tem início com uma selecção criteriosa do leite, exclusivamente fornecido pela ovelha de raça Bordaleira da Serra da Estrela.
Após a ordenha, o leite, ainda morno, é colocado em recipientes próprios para a formação da coalhada, sendo esta obtida após coagulação do leite de ovelha cru e obtida através da utilização do cardo, previamente moído no almofariz. Mexe-se bem e deixa-se coalhar durante uma hora, aproximadamente. Depois deste repouso, segue-se o dessoramento, que consiste na extracção do soro do leite. De referir que a coalha tem de ser cuidadosamente agitada por formar a não prejudicar o endurecimento do grão.
Aos poucos, vai-se pressionando a coalha para se retirar o soro, entretanto aproveitado para fazer requeijão. Extraído o soro, procede-se ao chamado enchimento, isto é, a coalha é colocada nos cinchos (objecto em inox, de forma redonda, todo perfurada, que se aperta à medida que a coalhada é espremida) e, o restante soro é retirado com o apoio de uma francela em inox. Nesta fase, o queijo adquire já a forma que lhe conhecemos. Segue-se o processo de salga de ambos os lados e assim permanece até ao dia seguinte, altura em que lhe é retirado o cincho. A sua maturação deve ser feita num ambiente a rondar os 90% de humidade relativa e com temperatura variável entre 6ºC e 12ºC.
A partir daí, deve ser virado de dois em dois dias, de manhã e à noite, durante um mês, para que atinja o processo de maturação e encascamento necessários para que possa ser cortado em fatias. No entanto, quem preferir pode consumi-lo mais cedo como queijo serra amanteigado.
Manda a tradição que todo este processo de confecção seja feito junto à lareira e quem faz o queijo, deve ter as mãos sempre frias. Para além disso, as artesãs têm de ter, essencialmente, muita paciência, já que todo o processo (desde a ordenha até ao queijo pronto) demora aproximadamente quatro horas. Por fim, importa destacar que cada queijo leva aproximadamente sete litros de leite. Um rebanho de 70 cabeças produz leite para quatro queijos por dia.
Existem no mercado vários tipos de queijo "classificados" como Serra da Estrela, e mesmo queijos de ovelha de fabrico artesanal, muito parecidos com o genuíno Serra da Estrela. Do "ser" ao "parecer" vai uma diferença grande. É importante que o consumidor saiba como reconhecer o produto genuíno. O selo de certificação é a melhor garantia de que o consumidor vai levar para casa um produto de qualidade.
Para assegurar a qualidade e autenticidade e, ao mesmo tempo, satisfazer o paladar do consumidor, o queijo Serra da Estrela, de Denominação de Origem Protegida(DOP), é sujeito a um rigoroso processo de certificação. Exige-se o cumprimento de regras bem definidas para o seu fabrico, por parte das queijarias. Para além de ter que ser produzido com leite de ovelha raça bordaleira, típica da região, o processo assenta em outras características fundamentais. O produtor tem que exercer a sua actividade na Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela, de onde também tem que ser originário o rebanho tradicional. O curral deve assegurar as condições de saúde e higiene do rebanho, assim como o processo de ordenha, acondicionamento, transporte e conservação do leite têm que ser efectuados em condições de máxima higiene. O produtor deve possuir uma queijaria devidamente licenciada, independentemente de certificarem ou não o seu produto. As salas de cura devem estar dimensionadas de acordo com a produção, tendo em conta que o queijo a certificar tem que ter, no mínimo, 30 dias de cura.
Todo este processo é extremamente importante e dele depende o licenciamento da queijaria. No entanto, o verdadeiro processo de certificação começa com a selecção de um queijo, de forma aleatória, que será levado para os laboratórios da entidade certificadora Aí o queijo é analisado e submetido a um painel de provadores, normalmente composto por outros produtores já certificados. O queijo é ainda analisado nos laboratórios do Instituto de Qualidade Alimentar, local onde é possível detectar uma eventual mistura de leites. Só depois de todo este processo é que o lote de onde se retirou o respectivo queijo será rotulado, e lhe será atribuído o selo de certificação, podendo depois entrar no mercado como queijo Serra da Estrela de Denominação de Origem Protegida.
Pedro Couceiro, membro da direcção da Confraria do Queijo Serra da Estrela, lembra que para ser comercializado "o queijo tem de provir de queijarias licenciadas, o que não quer dizer que tenham de ser obrigatoriamente certificadas. No entanto, para ter a denominação de "Queijo da Serra da Estrela" tem de ser certificado. Apesar de poder ter as mesmas características do certificado, o outro queijo tem de ser denominado de Queijo de Ovelha Curado, não podendo ter a Denominação de Origem Protegida (DOP)".
Qualidade para o consumidor sai cara ao produtor
> Se para o consumidor o selo de certificação é sinónimo de garantia de qualidade, para o produtor, a certificação é sinónimo de despesa e custos avultados. Na verdade, a certificação do queijo não é muito atractiva para os produtores, pelo que muitos optam por vender os queijos em queijarias licenciadas e não obrigatoriamente certificadas.
As normas e exigências para obter um queijo certificado, requerem instalações apropriadas e dispendiosas para a maioria dos pastores, pelo que muitos optam por não confeccionar o produto e vendem o leite das suas ovelhas para as fábricas.
Pedro Couceiro, membro da direcção da Confraria do Queijo Serra da Estrela, entende que "a certificação possa ser uma mais valia para as pessoas que consomem o produto ou para aqueles que ainda não o conhecem. O que é facto é que, na prática, a certificação representa mais um custo para o produtor".


fonte jornal do centro.pt
Denise Silva Savaris.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O prazer de compartilhar: amigos e vinhos


Transforme sua casa num ponto de encontro entre seus amigos e os vinhos. Vire especialista nessa bebida antiqüíssima, que alegra o coração.

Antigo, mas atual
Quer saber tudo sobre os diferentes vinhos e a melhor forma de servi-los? Seus amigos já estão aprendendo e conversam sobre os diferentes tipos de uvas e como bebê-los? O vinho ganhou inúmeros adeptos nos últimos anos, embora seja um antigo companheiro da humanidade. Noé plantou uma videira e embebedou-se com seu vinho, segundo conta a Bíblia no Gênesis. Os gregos bebiam vinho em abundância, e os romanos levaram suas vinhas para todas as regiões que conquistaram. Mais tarde, a Igreja foi a encarregada de custear o cultivo e a fabricação do vinho, usado na Santa Missa. Viu como o vinho já ajudou a incrementar muitas ocasiões graças ao seu sabor?

Agora é a sua vez
Talvez seja você a pessoa que mais entenda de vinhos em seu círculo de amigos. Convidá-los para conhecer diferentes vinhos em sua casa é um ótimo programa, e todos vão adorar. Você pode organizar as ocasiões de acordo com as diferentes maneiras que existem para classificar um produto tão variado. Por exemplo, pelo modo de "vinificação", ou seja, o processo pelo qual a uva se transforma nessa refinada bebida. Existem os vinhos elaborados sem aditivos durante a fermentação, que podem ser brancos, tintos ou rosados. Os "fortificados" têm maior graduação alcoólica, aumentada durante a vinificação. Por último, os espumantes, como o champanhe, que recebem processo duplo de fermentação, o que lhes confere esse borbulhar tão delicioso. Já são três temas para organizar três reuniões bem diferentes!

Olhos, nariz, paladar
Outra maneira de classificar os vinhos é pelo local de procedência, mas a forma mais clássica é pela cor. Com seus diferentes tons de vermelho, os tintos são facilmente discerníveis dos brancos, de tonalidade âmbar mais ou menos intensa. Por último, os rosados ou "rosé" completam a "paleta" desta artista da cor que é a indústria de vinhos. Mas o que realmente importa é poder desfrutá-los com todos os sentidos. Seus convidados poderão observar as diferentes tonalidades e transparências, se os vinhos forem servidos em belas taças ou cálices. Poderão apreciar seus diferentes aromas ao entrar em contato com os vapores antes de provar a bebida. E depois, completarão a degustação, ao perceber os sabores amadeirados, frutados, e outros mais... tudo o que os vinhos despertarem no paladar de quem souber apreciá-los.
fonte:http://www.discoverybrasil.com/homeandhealth

domingo, 13 de setembro de 2009

VINHOS URUGUAIOS

OS VINHOS URUGUAIOS

O vinho do Uruguai é cultivado em uma localização geográfica privilegiada e em terras particularmente adequadas para o cultivo da vide, o que faz do Uruguai um país vitivinícola por excelência. Localizado na mesma latitude que as melhores áreas cultiváveis da Argentina, Chile, África do Sul e Austrália - entre 30º e 35º sul - é possível cultivar a vide em todo seu território.
O reconhecimento atingido em numerosos concursos internacionais, o crescimento das exportações de vinhos uruguaios e a profundidade dos processos de reconversão, são o resultado de um incansável espírito inovador que os imigrantes europeus transmitiram às novas gerações em suas próprias famílias.
Falarei hoje um pouco da Bodega de San Juan.
Com uma produção media anual de 50.000 caixas de 12 com volume de 750 ml a propriedade tem uma superfície total de 221 hectares. Produzem vinhas de uvas:
Branco
Riesling, Sauvignon Blanc, Chardonnay, Gewürztraminer.
Tintas
Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, Tempranillo, Pinot Noir.
As características de clima e solo nas colinas de San Juan tornam este espaço ideal para o desenvolvimento das videiras. Cercado pela natureza, longe da poluição nas cidades, as tensões se desenvolver em um ambiente saudável e natural.
Com uma gama de grandes marcas de vinho a Bodega San Juan e considerada patrimônio Nacional







O nome "colonial" evoca a região e época onde as colinas de San Juan foram criada em 1854. Esta linha de vinhos homenageia o primeiro vinho produzido pela vinícola em 1900, que usou as mesmas tensões e hoje cortes. Eles são jovens vinhos, que prendem com a sua frescura e sinceridade.








San Juan Fiesta é uma linha de vinhos para bater o mercado com mais de 25 anos atrás, em homenagem ao touro "Fiesta", um uruguaio Hereford Casa de Los Cerros de San Juan que foi homenageado no mesmo ano em exposições Del Prado (Montevidéu) e Palermo (Buenos Aires) em 1956, marco histórico no rebanho nacional.
Três vinhos mistura, branco, rosa e vermelhos juntos e combinando os atributos das cultivares Riesling e Sauvignon Blanc, Cabernet Sauvignon e Tannat Tannat e Merlot, respectivamente.








A linha San Juan é um sexteto de únicos vinhos, variedade, Riesling, Sauvignon Blanc, Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat. Estes vinhos são designados pelos nomes das uvas que dão origem e ser reconhecido pela cor de suas etiquetas.
Os vinhedos de uvas brancas e vermelhas solo pedregoso ocupam. O novo Tannat Los Cerros de San Juan foi plantado diretamente no solo calcário mãe, que é muito próximo à superfície, no local escolhido para a vinha.
Há cinco vinhos, dois brancos e três tintos, criados no frasco entre nove e dezoito meses. Portanto, mesmo que os brancos são bebidos no ano seguinte à sua produção. Vinhos creme Riesling Label "Sauvignon Blanc" charuto Label, "Chardonnay" Green Label "Merlot" Blue Label "Cabernet Sauvignon" Black Label "e Tannat" Red. Label "expressar a vocação e temperamento das suas uvas na linha produção San Juan dedicado aos apreciadores que valorizam a variedade típica.








Na segunda metade do século XIX desembarcaram nas margens do Rio San Juan, os primeiros europeus cascos de carvalho da Família Lahusen nativa Alemanha, fundador da empresa. Cento anos depois ainda têm a aliança entre o carvalho ea adega nós levantamos em nossos cuidados. Da banheira para Bordéus barril incluindo barris, tonéis e capacetes, muitas são as formas da madeira nobre comprometidos com o nosso vinho. Com este leque de contentores, muitos deles com uma longa história, a adega estimados um milhão de litros de capacidade, a maior parte do Uruguai envelhecimento em resposta à afirmação "de qualidade que vem da história." Esta abordagem é vinhos elaborados Vigas de San Juan Tempranillo, Pinot Noir e Tannat.







"Cuna de Piedra” É um trio de vinhos de alta expressão.
Vinhos variedade Único de envelhecimento são Chardonnay, Cabernet Sauvignon e Tannat.
O nome "Cuna de Piedra" evoca as características da exploração vitícola onde as uvas amadurecem e da adega, onde nasceu.
As uvas para os vinhos de crescer em solos rochosos típicos do mundo reconhecido regiões vinícolas. A adega, que foram alojados em fase de reprodução foi construída em pedra, na segunda metade do século XIX. Projetado no modo underground prestação de temperatura e umidade adequadas para o seu nível de registro e por trazer em madeira e garrafa prolongada.
Estas condições ideais para reprodução são necessárias para a concepção de vinhos "Cuna de Piedra"







Produtos Especiais Los Cerros de San Juan: Jubileu 2000 Comemoração 150, Lahusen 1854 Organic Cabernet Sauvignon, Mistela.

San Juan Sunny Seco e doce, uvas Riesling maduras são nascidos e criados em barris de carvalho no sol e brisa fresca do Rio San Juan. Estes são vinhos especiais, bebidas, perfume, âmbar delicado de nozes e passas boca poderosa, forte e doce com paladar aveludado.
Momentos de San Juan Sunny são o aperitivo com patês, queijos fortes, salgados, sobremesas cremosas que fecha a refeição, a refeição longo, café e, também, pode ser saboreada apenas em um momento de reflexão.
Na padaria tem o seu lugar ao lado de Marsala, Sherry e do Porto.




Los Cerros de San Juan enfrenta o mercado externo com exportações para países diferentes, com sua própria marca de vinhos que normalmente vendem no Uruguai, tendo como alvo um mercado selecionar os valores do esforço e cuidado em colocar este produto nobre. (Alemanha, E.U.A., Inglaterra, Itália, Brasil, Coréia e Japão)
Denise Silva Savaris 13/09/2009.
FONTE:
http://www.loscerrosdesanjuan.com.uy










Seco
Doce