quarta-feira, 17 de junho de 2009

O VINHO E A DEPRESSÃO

“O vinho alegra o coração do homem.”
François Rabelais [1494-1553] - Escritor, médico e religioso francês


Você já viu alguém beber vinho e ficar triste? De “baixo astral”? Ou “curtir fossa”? Onde se bebe vinho há alegria, animação, dança e música.
Ao longo da história da humanidade existem inúmeros registros de que o vinho alegra o espírito:

“O vinho foi dado ao homem para acalmar suas fadigas”. Eurípides [480-406 a.C.] – Poeta grego
“O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente... Ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se você bebe moderadamente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã... Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida gentilmente a uma agradável alegria.” Sócrates [470-399 a.C.] – Filósofo grego
“O vinho lava nossas inquietudes, enxágua a alma até o fundo e assegura a cura da nossa tristeza.” Lúcio Anneo Sênenca [4 a.C.-65 d.C.] – Filósofo romano
“O vinho, e ele só, é um remédio; ele alimenta o sangue do homem, ‘alegra’ o estômago e ameniza as tristezas e preocupações”. Plínio, o Ancião [23-79 d.C.] – naturalista romano em “Tratado de História Natural”
“O vinho clareia o espírito e a compreensão, atenua a ira, tira a tristeza, nos dá felicidade e alegria”. François Rabelais [1494-1553] - Escritor, médico e frade francês
“O vinho dá força ao coração. Dá calor ao rosto. Tira a melancolia. Alivia o caminho. Dá coragem ao mais covarde. Faz esquecer todos os pesares.” Espiñel [1550-1624] – Escritor espanhol
“O vinho é composto de humor líquido e luz”. Galileu Galilei [1564-1642] – Físico e astrônomo italiano
“O vinho é prova constante de que Deus nos ama e nos deseja ver felizes.” Benjamin Franklin [1706-1790] – Estadista, físico e filósofo norte-americano
“O vinho alegra o coração do homem; e a alegria é a mãe de todas as virtudes.” Johann Wolfgang Goethe [1749-14832] – Escritor e estadista alemão

São muitas as evidências e referências aos efeitos antidepressivos do vinho. Mas a que eles se devem?

Sistema Límbico é a parte do cérebro onde se processam as emoções. A transmissão das informações captadas e processadas ocorre por uma rede de neurônios (células do sistema nervoso). A comunicação entre os neurônios se dá por neurotransmissores – mediadores químicos que transmitem o estímulo de uma célula para outra. Uma das mais importantes dessas substâncias é a serotonina.

A depressão se manifesta devido a uma associação complexa entre a predisposição biológica da pessoa, situações adversas (como perda de um familiar, econômica, profissional ou social), características da personalidade e fatores ambientais. Sabe-se que a depressão é uma situação clínica que está relacionada com uma deficiência de serotonina no Sistema Límbico. A tiramina, que se encontra em abundância principalmente nos vinhos tintos, aumenta a produção serotonina. E é esta a explicação para o efeito antidepressivo do vinho.

É muito importante salientar que estes efeitos só ocorrem se se beber vinho com moderação, regularmente, de preferência durante as refeições e por pessoas que não tenham contra-indicação ao uso de bebidas alcoólicas. Beber vinho em exagero, devido ao álcool, leva a transtornos comportamentais, mentais, sociais e familiares relevantes, desagradáveis e desaconselháveis.


Dr. Jairo Monson de Souza Filho
Especialista em Clínica Médica,
área de atuação: Cardiologia
também é confrade da Confraria
do vinho de Bento Gonçalves

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