segunda-feira, 1 de junho de 2009

DEGUSTAÇAO


Degustar é a arte de analisar e apreciar todas as nuances da composição dos alimentos utilizando-se dos sentidos naturais do se humano. Uma degustação pode ser objeto de deleite pelo prazer que se sente ao degustar uma comida ou a bebida de boas qualidades organolípticas, deixando deixando de ser algo apenas nutritivo. Envolve arte, beleza, esmero e refinamento.



A cavidade bucal é uma das regiães do corpo mais dotada de irrigação sanguinea e sensores físicos. Comunica-se internamente com a cavidade nasal, assim aquilo que sentimos do alimento é um conjunto de sensações gustativas e olfativas.

O gosto é função das papilas gustativas e permite ao indivíduo selecionar seu alimento.

Há pelo menos 4 sensações primárias de gosto: ácido, salgado, doce e amargo e alguns autores põe ainda outras duas – o gosto alcalino e o metálico. Na ponta da lingua estão localizadas as papilas sensíveis ao doce, nas laterais as sensíveis ao ácido, na parte posterior aquelas sensiveis ao amargo e em toda a lingua sente-se o sabor salgado.

Curioso é o fato de que muito daquilo que sentimos como gosto é na verdade olfato.

E de fato na degustação de vinhos esta o olfato como mestre das sensações, aliado a uma caracteristica ancestral de memória para odores muito poderosa e capaz de causar as mais diversas manifestações afetivas.



Na parte mais interna do nariz existe uma região onde estão situados os sensores olfativos que nos seres humanos são menos sensíveis que na maioria dos animais inferiores. O olfato esta em primeiro lugar na degustação porque 90% daquilo que dizemos ser gosto é na verdade uma sensação olfativa. O olfato tem uma característica de adaptação, ou seja, quando estamos inalando ar perfumado, com o tempo perdemos a sensibilidade para aquele perfume. Segundo estudiosos essa adaptação é feita pelo cerebro de modo a evitar desconforto ao individuo exposto por muito tempo a um certo odor.

Devido a essa caracteristica de adaptação aos odores é que é bom que se tenha algum outro para comparação. A agua é muito importante em uma degustação pois leva as papilas gustativas e retira o restante do vinho bebido para novamente se possa sentir as nuances do vinho. O pão com pouco ou nenhum sal também é importante, sua função é similar a da água na troca do paladar para um novo gole de vinho ou quando se vai degustar outro vinho diferente. O olfato é automaticamente ajustado para a substancia que se esta degustando e por isso se renova juntamente com o gosto.


A análise sensorial é a técnica de identificação e medição da qualidade - boa ou má – dos alimentos e das bebidas.

Essa análise é subjetiva pois cada individuo (provador) tem sensações distintas ao provar um mesmo vinho e a veracidade de sua opinião não pode ser contestada a não ser pela força de uma média estabelecida pelo exame de outros degustadores e aqui entra a estatistica e o fato de que a Análise Sensorial deve ser sempre um evento coletivo implementada por delineamentos estatasticos. A indistria procura bons degustadores, pois deles depende seu vinho, sendo uma profissão bem remunerada no mundo todo, devido também a certos sacrifícios como não usar produtos cosméticos aromatizados, não fumar, não comer certos alimentos artificializados e até não beber, apenas provar o vinho e cuspi-lo para fora.


Sendo que o nosso paladar muda com as condições de saúde, com aquilo que comemos, com o sono e até com nosso humor, os degustadores preferem ainda as horas finais da manhã pois é nesse momento que o paladar esta mais desperto.




São observadas a transparencia, limpidez e a cor do vinho que a seguir descrevemos:


Transparencia

Pode variar com a limpidez e a cor do vinho. Um vinho translucido causa melhor impressão do que um que seja mais opaco, pois prova que o processo de fabricação foi melhor sucedido e demonstra um vinho saudável. Nos vinhos tintos a transparencia é menor sendo esta uma característica.


Limpidez

Esta é notada pela caracteriestica cristalina do vinho, brilho, ausencia de material em suspensao ou depésito , vinho bem tratado e bem guardado.


Cor

A cor dos vinhos muda com o tempo e pode-se ter uma ideia da idade de um vinho ou se ele foi bem armazenado somente observando-se a sua cor.

Os vinhos podem variar muito de cor, por exemplo o branco pode ficar com tons leves azulados, verdes, amarelo palha, dourado ou ate claro como a agua. Este pode ficar amarelado com o tempo e em cetros vinhos isto mostra envelhecimento indesejado e consequentemente perda de qualidade.

Nos tintos temos tonalidades que vao do rosa fraco ate os tintos mais fortes e pouco transparentes. A cor do vinho varia com cada tipo de vinho elaborado e pode variar ainda de garrafa para garrafa.

Um pouco mais velhos, os tintos podem ter uma cor vermelho rubi e quando ja em estagio de envelhecimento tendem ao vermelho tijolo ou em certos casos tonalidades de marrom o que as vezes marca um vinho ja passado.



Por este exame pode-se saber das qualidades dos vinhos ou os defeitos antes de ser bebido. Os aromas podem ser divididos em primarios, secundarios e terciarios:


Aromas Primarios: aqueles proprios da uva que originou o vinho.


Aromas Secundarios: aqueles atribuidos pela fermentaçao do mosto e que variam grandemente com as diferentes tecnicas enologicas aplicadas.


Aromas Tercierios: este so presente nos vinhos tintos envelhecidos, adquiridos pela fase oxidativa do vinho nos toneis de madeira, onde a preferencia e pelo carvalho, e pelo envelhecimento nas garrafas.


Nas sensaçoes olfativas encontramos a primeira impressão que nos diz se o vinho é agradável, normal ou desagradável e nos aromas verificamos:

Intensidade: forte, suficiente, debil, carente.

Qualidade: fino, distinto, agradável, grosseiro, desagradável.

Caracteristicas: promário, secundário, frutado, floral, vegetal, animal, envelhecido, madeirizado.

Persistencia: longa, média, curta.

O exame olfativo requer muita prática capacidade imaginativa para associar os aromas do vinho aos aromas encontrados na nossa vida diária e assim classifica-los, mais nobres ou menos nobres conforme a associaçao que se faz.





� no exame gustativo que o vinho vai expressar finalmente as suas qualidades ou defeitos e vai mostrar a sai personalidade.

A sensaçao gustativa nos da a idéia do conteúdo em acidez, do equilibrio dos componentes, noçao do corpo, da viscosidade, do conteúdo em álcool e uma série de outras sensaçoes que na verdade são olfato-gustativas.

Como primeira impressão devemos observar se ele é agradável, normal ou desagradável. Depois analisar os sabores e as sansoes originais:

Doce: Açucar: licoroso, açucarado, doce, suava, seco
Glicerina e álcool: brando, oleoso, aveludado, grosseiro, aspero.
ácidos - Excesso: ácido, áspero, picante, nervoso, acidulo.
Equilibrio: fresco, vivo, saboroso, suave.
Falta: plano, chato, mole.
Corpo: - álcool: generoso, potente, suficiente, ligeiro.
Consistencia: encorporado, gordo, redondo, cheio, fino, fraco.
Taninos: rico/bom – insuficiente, adstringente, amargo.


Sabores Adquiridos ou Acidentais

Doenças: acetico, latico, volta, amargo, casse.
Acidentais: pobre, mofo, madeira, borra, rolha, metal, sulfidreto, herbaceo.

Impressao Final

Equilibrio: harmonico, amplo, correto, enganador, desarmonico.

Retrogosto: bom, manso, desagradavel estavel, instavel.

Persistencia: Muito longa, longa, media, curta.



* Persistencia: olfato-gustativa – é a permanencia da sensaçao de que o vinho ainda se encontra na boca, depois de eliminado ou engolido. Podem ser curtos 2 ou 3 segundos e muito longos quando ultrapassam 6 segundos e entre estas existem as escalas intermediarias.
* Corpo: é o conjunto de sólidos soluveis do vinho, fornece sensaçoes de de força e sabor, ao leva-lo a boca e ao engoli-lo.
* Equilíbrio e harmonia: depende de boa relação entre as diferentes sensações de acidez, suavidade-doçura, adstringencia, frescor e calor (pelo álcool). Um bom vinho deve ser bastante harmonico, mais do que ter uma ou outra caracteristica excepcional.
* Evolução: é a sucessão de percepções sentidas pelo degustador quando tem o vinho em sua boca e o elimina ou deglute. Essa evolução começa com a impressão inicial onde predominam os sabores adocicados, depois segue com a diminuição progressiva das impressões adocicadas e aumento das ácidas, e por último, na impressão final parte-se da adstringencia e da sensação de acidez para o momento do amargo na deglutição. A evolução final do momento de Evolução é dita retrogosto .

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