quarta-feira, 10 de junho de 2009

VINHO É ALEGRIA!!!!VINHO É VIDA!! VINHO É AMOR!!

Bom Dia!
Esse texto mostra bem o que acontece nso dias de hoje em relaçao a tudo que se direciona aos Vinhos.
Infelizmente muitas vezes o sentido da palavra VINHO é disvirtuada para a sua propria
conveniencia nos deixando rendidos como por exemplo:
A imagem errada que algumas pessoas passam fazendo com que essa riqueza milenar seje cotada para poucos,deixando claro que o Vinho é uma arte dificil e só para pessas de nivel economico alto( balela neh!!),os autos impostos , as dificuldades com papeladas absurdas que temos que nos deparar para importaçao de boas bebidas ....blabla..blabla...blabla....
E APROVEITO A OPORTUNIDADE para celebrar a EUCARISTIA, pois VINHO É AMOR, VINHO É VIDA, VINHO É DEUS!!!!

AMEM!.




As leituras tomadas do profeta Isaías e do Evangelho, apresentam-nos uma das grandes imagens da Sagrada Escritura: a imagem da vinha. O pão representa na Sagrada Escritura tudo o que o homem necessita para sua vida cotidiana. A água dá à terra a fertilidade: é o dom fundamental, que faz possível a vida. O vinho, pelo contrário, expressa a beleza da criação, nos dá a festa na qual ultrapassamos os limites da vida cotidiana: o vinho «alegra o coração». Deste modo o vinho e com ele a videira se converteram também em imagem do dom do amor, no qual podemos conseguir uma certa experiência do sabor do Divino.Deus pôs uma vinha, imagem de sua história de amor com a humanidade, de seu amor por Israel ao que Ele elegeu.Deus infundiu no homem, criado a sua imagem, a capacidade de amar e, portanto, a capacidade de amar a Ele mesmo, seu Criador.Com o cântico de amor do profeta Isaías, Deus quer falar ao coração de seu povo e também cada um de nós. «Te criei a minha imagem e semelhança», nos diz. «Eu mesmo sou o amor e tu és minha imagem na medida em que brilha em ti o esplendor do amor, na medida em que me respondes com amor». Deus nos espera. Ele quer que o amemos: um chamado assim não deveria tocar nosso coração? Precisamente nesta hora, na qual celebramos a Eucaristia, na qual inauguramos o Sínodo sobre a Eucaristia, nos sai ao encontro, sai para encontrar-se comigo. Encontrará uma resposta? Nossa vida cristã, com freqüência, não é talvez mais vinagre que vinho? Auto-compaixão, conflito, indiferença?

Deste modo, chegamos ao segundo pensamento fundamental . Falam antes de tudo da bondade da criação de Deus e da grandeza da eleição com a qual ele nos busca e nos ama, mas falam também da história que sucedeu depois, o fracasso do homem. Deus havia plantado videiras escolhidas e contudo deram agraces. Que são os agraces? A uva boa que espera Deus, diz o profeta, teria consistido na justiça e na retidão. Os agraces são pelo contrário a violência, o derramamento de sangue e a opressão, que fazem gemer as pessoas sob o julgo da injustiça. No Evangelho, a imagem muda: a videira produz uva boa, mas os vinhateiros arrendadores ficam com ela. Não estão dispostos a entregá-la ao proprietário. Golpeiam e matam seus mensageiros e matam seu Filho. Sua motivação é simples: querem converter-se em proprietários, apoderam-se do que não lhes pertence. No Antigo Testamento, antes de tudo aparece a acusação de violação da justiça social, o desprezo ao próprio Deus; só se quer gozar do próprio poder. Este aspecto é sublinhado plenamente na parábola de Jesus: os arrendadores não querem ter um patrão e estes arrendadores nos servem de espelho, para nós, homens, que usurpamos a criação que nos foi confiada em gestão. Queremos ser os donos em primeira pessoa e a sós. Queremos possuir o mundo e nossa própria vida de maneira ilimitada. Deus nos estorva ou se faz dEle uma simples frase devota ou é negado, desterrando-o da vida pública, até que deste modo deixe de ter significado. A tolerância que só admite Deus como opinião privada, mas que o nega no domínio público, a realidade do mundo e de nossa vida, não é tolerância, mas hipocrisia. Agora, ali onde o homem se converte no único dono do mundo e em proprietário de si mesmo não pode haver justiça. Ali só pode dominar o arbítrio do poder e dos interesses. É verdade, se pode expulsar ao Filho da vinha e matá-lo para desfrutar egoisticamente dos frutos da terra. Mas então a vinha se transforma muito logo em terreno sem cultivar, pisado pelos javalis, como diz o salmo responsorial (Cf. Salmo 79, 14).

Chegamos assim ao terceiro elemento . O Senhor, tanto no Antigo como no Novo Testamento, anuncia o juízo à vinha infiel. O juízo que Isaías previa se realizou nas grandes guerras e exílios impostos pelos assírios e os babilônios. O juízo anunciado pelo Senhor Jesus se refere sobretudo à destruição de Jerusalém, no ano 70. Mas a ameaça do juízo afeta também a nós, a Igreja na Europa, a Igreja do Ocidente em geral. Com este Evangelho o Senhor grita também a nossos ouvidos as palavras que dirigiu no Apocalipse à Igreja de Éfeso: «Irei a ti e se não arrependeres, tirarei o teu candelabro». Também pode nos tirar a luz, e faremos bem em deixar ressoar em nossa alma esta advertência com toda sua serenidade, gritando ao mesmo tempo ao Senhor: «Ajuda-nos a converter-nos! Dá-nos a graça de uma autêntica renovação! Não permitas que se apague tua luz entre nós! Reforça nossa fé, nossa esperança e nosso amor para que possamos dar bons frutos!».

Ao chegar aqui nos surge a pergunta: «Mas, não há uma promessa, uma palavra de consolo na leitura e na página evangélica de hoje? A ameaça é a última palavra?» Não! Há uma promessa e é a última palavra, a essencial. A escutamos no versículo do aleluia, tomado do Evangelho de João: «Eu sou a videira, vós sois os semeadores. O que permanece em mim e eu nele, esse dá muitos frutos» (João 15, 5). Com estas palavras do Senhor, João nos ilustra o último, o autêntico final da história da vinha de Deus. Deus não fracassa. Ao final, triunfa, triunfa o amor. Dá-se já uma velada alusão a isto na parábola da vinha proposta pelo Evangelho de hoje e em suas palavras conclusivas. Nela, a morte do Filho não é final da história, ainda que a conta diretamente. Mas Jesus expressa esta morte através de uma nova imagem tomada do Salmo: «A pedra que os construtores rejeitaram se tornou a pedra angular...» (Mateus 21, 42; Salmo 117, 22). Da morte do Filho surge a vida, forma-se um novo edifício, uma nova vinha. Em Caná, mudou a água em vinho, transformou seu sangue no vinho do verdadeiro amor e deste modo transforma o vinho em seu sangue. No cenáculo antecipou sua morte e a transformou no dom de si mesmo, em um ato de amor radical. Seu sangue é dom, é amor e por este motivo é o verdadeiro vinho que se esperava o Criador. Deste modo, Cristo mesmo se converteu na vinha e essa vinha dá sempre bom fruto: a presença de seu amor por nós, que é indestrutível.

Estas palavras convergem ao final no mistério da Eucaristia, na qual o Senhor nos dá o pão da vida e o vinho de seu amor e nos convida à festa do amor eterno. Nós celebramos a Eucaristia com a consciência de que seu preço foi a morte do Filho, o sacrifício de sua vida, que nela fica presente. Cada vez que comemos deste pão e cada vez que bebemos deste cálice, anunciamos a morte do Senhor até que venha, diz São Paulo (cf 1 Cor 11, 26). Mas também sabemos que desta morte surge a vida, pois Jesus a transformou em um gesto de oblação, em um ato de amor, transformando-a profundamente: o amor venceu à morte. Na santa Eucaristia, desde a cruz nos atrai a todos para si (João 12, 32) e nos converte em semeadores da vinha, que é Ele mesmo. Se permanecemos unidos a Ele, então daremos fruto também nós, então já não daremos o vinagre da auto-suficiência, do descontentamento de Deus e de sua criação, mas o bom vinho da alegria em Deus e do amor pelo próximo. Peçamos ao Senhor que nos dê sua graça para que nas três semanas do Sínodo que estamos começando não só digamos coisas belas sobre a Eucaristia, mas que vivamos de sua força. Peçamos este dom por meio de Maria, queridos padres sinodais, a quem saúdo com afeto, junto às diferentes comunidades das quais procedeis e que aqui representais, para que sendo dóceis à ação do Espírito Santo possamos ajudar ao mundo a converter-se --em Cristo e com Cristo-- na videira fecunda de Deus. Amém.

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